REcorte 31 - Lápis de Cor
elas saem azuis e vermelhas..
As vermelhas me queimam, as azuis me gelam
os pontilhados me cercam...circundam e amainan minha mente
To gritando dores..dores de lápis de cor
doi em verde, amarelo e vermelho
o vermelho me escapa por cada parte que não sinto mais minha
To pintando os passos, desenhando pegadas no caminho da felicidade
Será mesmo que existe um caminho a se seguir?
To colhendo sentimentos de lápis de cor
bege, púrpura, vermelho
o vermelho intensifica-se em mim como ó álcool que percorre o ser alcóolatra
tá me invadindo..tá me confundindo...
To distribuindo coisas de lápis de cor
coisas em lilás, branco e vermelho
o vermelho me sai das mãos como a pele que deixa o corpo
como a alma que vai sem pedir permição, desloca-se de mim e sai riscando,
colorindo tudo que toca.
To distribuindo lápis de cor
Coloram-se de laranja, rosa e vermelho
Colorir-se de vermelho é escolher sofrer, e escolher sofrer é escolher viver...
To me colorindo em lápis de cor em tons vermelhos,
nos olhos, na boca, nas unhas, nos pulmões...degradês de humanidade em cada parte de mim.
Recorte 30 - Música
To procurando a música certa
Uma que fale dos meus dias vazios
Que fale das lágrimas que escondo no meu travesseiro
E das noites em que a janela do quarto me faz companhia
Aquela música que em um refrão disserte a dor de um amor
O desespero de uma saudade
A felicidade de um abraço
Ou que simplesmente fale desses sentimentos instáveis
Que me percorrem o corpo
Procuro a melodia certa que me faça tranqüila
E a Letra traçada de inconstância... A não linearidade das coisas
To esperando a musica refúgio
Que me leve onde eu possa chorar sem vergonha
Onde eu cante o refrão e me sinta mais livre
Uma musica que cante minha estupidez em rimas
E saliente minha melancolia em tons
Que a introdução seja a porta para a saída da minha noite não sóbria
Não espero muito do final, só o final mesmo
Com o desejo de que o final não se limite somente ao término da melodia,
Que se encarregue de encerrar também o sentimento latente e pulsante que pesa meu dias .
Quero encontrar essa música, e que ela sussurrada possa abrandar meu coração.
Recorte 29 - Como sobreviver no Mundo??/
Recorte 28 - Chinelo Velho
Recorte 27 - Com que roupa?
Com que roupa vou estar daqui um tempo?
Recorte 26 - Adulto
Fernando Pessoa
Leio alguns versos de Fernando, e logo penso:
Pessoas que acreditam...
Peço todos os dias pra ser criança de novo
Poder chorar
Poder errar
Poder sentir. Por que ninguém mais gosta de sentir?
Adultos amargos e adulteros...é o que nos tornamos
Traimos nossas crenças, verdades. Traimos nosso coração, e tudo por pra que?
Para nos sentirmos menos humanos talvez.
Por que se tornou tão comum não respeitar o sentimento do outro?
Adultos céticos e imorais...Quero ser criança de novo!
Adultos cínicos e egoistas...Quero ser criança de novo!
Adultos...Quero ser criança de novo!
Tenho percebio que ser adulto me impede de ser quem sou pra não me machucar
Tenho percebido que ser adulto me torna amarga e insensível
Tenho percebido que ser adulta tem me deixado a mercer da idiotice humana
Tenho percebido que ser adulta tem consumido alguns de meus sentimentos mais puros
Recorte 25 - Vento vai
Por Camila Muniz:
Ele me tocou
Era suave e feroz
Era frio e quente
Tocou em cada parte de mim
Tentei segurá-lo mais foi em vão
Ele se foi tão depressa que nem pude vê-lo partir
Escapou entre meus dedos fracos e inuteis
Mãos não firmes que o deixaram ir
Pude sentir seu ultimo beijo......leve, docê e sem cor.
Seu ultimo cheiro...que agora vive ao meu redor como se fosse parte de mim
Seu ultimo toque, agora parte da pele que me cobre
Posso senti-lo em meus pulmões.
Me recordar como era quando ele me tinha
Não sei como é të-lo e isso quase me sufoca
Posso sentí-los nos meus dias e noites
Tem dias que ele não vem...a noite é quente e sem vida...
E quando ele volta me encarrego de continuar minha saga falível
Tento agarrá-lo pra mim, mais o vento sempre se vai, me toca a pele pálida e escapa entre minhas mãos....
Recorte 24 - Fome
Por Camila Muniz:
Queria conseguir definir os sentimentos e atitudes tão bem quanto Arnaldo Jabour
E ouso usar do titulo de umas de suas crônicas para expor o que mais vejo em nossa medicore vida moderna.
"ESTAMOS COM FOME DE AMOR" diria ele
E eu complementaria "E COM SEDE DE HUMANINADE"
Mais do que falta de amor, sentimos falta de esperança, confiança.
É inevitável não se perguntar: onde foram as cartas de amor?
As coisas importantes se tornaram bobas
E as coisas bobas importantes, Pessoas se tornam números e ainda temos que achar isso legal.
Que somos egoístas já sabia, mais estamos nos tornando patéticos.
"ESTAMOS COM FOME DE AMOR" eu repito
Será que ninguém quer mais vê com os olhos do coração?
Por que riem de nós quando expomos nossos sentimentos?
E por que não riem mais dos palhaços, eles sim esperam gargalhadas.
Tudo que vejo são homens com seus porretes na mão puxando mulheres pelo cabelo
Hoje tem o contrário também, a "igualdade" conquistada pelas mulheres.
Além disso? só corações gritando "ESTAMOS COM FOME DE AMOR"
Recorte 23 - Ponto Rosa (Título by Uilton Sandes)
E no meio daquele tanto de cor ele se misturava e não se achava mais
Cores entravam e saiam e lá ia ele tentar se achar novamente
Às vezes ele se sentia sozinho
Lá ia ele se juntar
Se atrapalhar
Se desorientar
Procurava iguais, e não achava
Achava vermelho, laranja, lilás
Rosa? Somente ele, aquele pequeno ponto jogado no canto
Chegou a pintar-se de branco, amarelo e azul.
Nada funcionou, nada o fazia igual.
Assumiu-se rosa, correndo o risco e sumir
Hoje o ponto rosa e pequeno é cada vez mais rosa
Mais ele não se importa mais... De onde ele veio certamente sobrou mais alguém além dele...