Por Camila Muniz:


A bebida boêmia me faz dormir o sono dos fracos
O sono daqueles que nunca sentem vontade de dormir
Na noite de refúgio o liquido me persegue
E eu consigo então fechar os olhos
E não me importa no que eu pense, eu sempre digo o que quero
Mesmo que outrora acorde com a dor dos desiludidos
O liquido percorre meu corpo mais rápido que o sangue quente
Ele chegua mais rápido ao meu coração do que o pulso constante que me controla a vida
E mais uma vez eu me encontro e me perco
Eu me olho no espelho e quero fugir de mim
Por que ver quem eu sou me torna fraca
E as lagrimas que correm e fogem pros lábios me mostram o quanto me perco de mim
E mais uma vez o liquido entra em mim, e mais uma vez saem de mim palavras falhas
E sorrisos frouxos e sentimentos tolos
E mais uma vez o sono vem pra que eu posso enfim descansar do que me torna fria e frágil.